segunda-feira, 21 de abril de 2014

Libertas Quæ Sera Tamen

O lema da bandeira do Estado de Minas Gerais traduz a vontade dos Inconfidentes, pessoas que lutaram contra o abusivo imposto português sobre o ouro mineiro. Como objetivo geral os Inconfidentes queriam a separação da região da Metrópole portuguesa. Como líderes diversos nomes importantes da região, inclusive escritores, juízes entre outros, mas que como Mártir teve um simples alferes, um “dentista”, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um representante do povo em meio à elite que comandava o movimento.

Hoje dia 21 de Abril de 2014, 222 anos após sua morte, o Brasil já está independente de Portugal, mas o opressor pode ter mudado a cara mais continua vivo. Não há mais o medo da Derrama, mas o povo continua a ter motivos para revoltar-se. Hoje os pobres revoltosos não são enforcados e esquartejados em praça pública, mas continuam sofrendo da força e do abuso das forças repressivas.

Há quase um ano eclodiu pelo Brasil uma onda de manifestações pedindo a redução nas tarifas de ônibus e melhores investimentos em áreas essenciais para um país, como saúde, moradia, mobilidade urbana, assim como mais direitos para esferas oprimidas da sociedade, entre outras. Apesar das manifestações terem diminuído em quantidade de participantes, as suas ocorrências continuam firmes e cada vez os mais variados temas são debatidos, neste ano em especial o debate gira em torno da Copa do Mundo e seus elevados custos.

Nesse período de manifestações o que se viu também foi a forte repressão policial, que foi em alguns casos extremamente violentas. A justificativa para esses atos? O ataque de mascarados, possíveis agressões, entre outras. Entretanto o que foi visto muitas vezes foi o uso arbitrário da força e com o foco totalmente seletivo. Será que os mesmos que aplaudem a força, esquartejariam um herói nacional? Será que aqueles que hoje aproveitam o feriado em nome de Tiradentes e sua romântica representação e que sancionaram essa lei, não são para os dias de hoje o mesmo que eram os portugueses em 1792?

A tão sonhada liberdade, ainda tarda. E lutar por ela nunca poderá ser considerado um crime e mesmo que seja nunca deve ser esquecida, nunca deveremos desistir de ser livres, mesmo que tardiamente é preciso busca-la.

Se Tiradentes é um mito contado na escola ou se é um herói que teve um triste fim, pouco importa. É preciso entender que existe um Tiradentes em cada um de nós, no sentido que somos constantemente presos por aqueles que controlam e querem controlar ainda mais nossa vida e que fique claro eles não precisam ser políticos. Que alcancemos a liberdade e se não que se morra tentando.


João V.                                                                                             21/04/2014

domingo, 16 de março de 2014

O Vaso

O ar gélido cortava-me como uma navalha. A neblina baixava-se pelos túmulos, aumentando o ar fúnebre daquela manhã de junho. Um cheiro salgado tocava-me as narinas, talvez fossem o cheiro das lagrimas, que habitavam aquele lugar.

Estava naquele cemitério para despedir de meu tio. Apesar de nunca sermos muito ligados, sua morte havia me deixado  abalado. Não vou dizer que chorei, pois seria mentira. Pelo menos não aquele choro sonoro. Chorei em silêncio, soquei paredes, queria que aquela dor emocional fosse suplantada pela dor física de minhas mãos machucadas.

Em todo caso, a dor foi diminuindo, lembrei-me por um segundo que acreditava em vida após a morte. E que a morte é o sinal de que vivemos, a cereja de um bolo que fazemos dia após dia e que em algum dia precisa ser finalizado.  

Na hora do enterro, o padre com suas bonitas vazias palavras, tentava dar algum conforto, para aqueles que ali estavam. Algo sobre só haver honra em ser chamado por nosso Senhor. Eu já não prestava atenção naquilo.

Estava hipnotizado pela imagem de um rapaz ao fundo do enterro, que estava diante de 2 vasos, o primeiro estava com lindas rosas brancas, que encantavam os olhos de quem a via, o segundo que parecia só terra. 

O que me intrigava naquela imagem, não era o jovem. Nem os vasos, mas sim o fato dele estar regando o vaso que aparentemente só tinha terra.

Com o fim do enterro, depois de dar um ultimo abraço em minha tia e meus primos, que iam embora cabisbaixos. Naquela triste manhã  tirada de um filme típico de drama. Eu continuei ali. Parado por um momento para contemplar o tumulo do meu tio. 

E depois segui até onde se encontrava o jovem. Naquele momento o jovem sentava-se no chão úmido, vestia uma calça suja e uma camiseta velha, apresentava uma magreza quase cadavérica. Seus cabelos loiros bagunçados e sem brilho, pareciam uma antitese com o sol que se abria ali.

 O que era maior? A minha curiosidade sobre aquela triste figura, que parecia ter saído de uma cova. Ou a vergonha de intrometer-me em um assunto possivelmente tão duro para ele. Não sabia. 

-Bom Dia. 

Arrisquei envergonhado.

-Bom Dia, senhor, aproxime-se não precisa ter vergonha ou medo.

-Quem disse que eu estava envergonhado?!

-Ouvi seus passos. E também quando parou duas vezes, suponho que pensando se seria certo me abordar. Deixe-me apresentar, meu nome é Apolo.

Dito isso levantou, e virou, tamanha fora minha surpresa em ver aquele rosto jovem e ao mesmo tempo tão sofrido. Mesmo o sorriso caloroso de meu novo amigo não foi o suficiente, para tirar a tristeza daqueles olhos brancos. Apolo era cego.

Aquilo explicava ele regar o jarro de terra, ele jamais poderia ver a beleza daquelas rosas.

-Desculpe-me, não quero incomoda-lo. Meu nome é Michael.

Estiquei a mão automaticamente, só depois entendendo a burrice de meu gesto.

Percebendo meu constrangimento. Apolo disse rindo:

-Suponho que tenha me esticado a mão, não fique envergonhado. Já estou acostumado. E também não é incomodo algum, mesmo estando junto de minha querida irmã, é um pouco solitário aqui...

-É.. Eu sinto muito pela sua irmã. Ela devia ser bem jovem, né?

-Sim, tanto quanto eu. Éramos gêmeos, tenho hoje 24 ou 25 anos nunca me lembro. Ela morreu com 18, eu acho. 

-Não se lembra? Como assim?

Ele riu de uma forma tão sincera, mas ao mesmo tempo tão amarga que começava a me questionar sobre a sanidade daquele cidadão. Suas olheiras, ficar parado no meio de um cemitério, não parecia hábito de uma pessoa saudável.

-Já esteve preso, meu amigo? Seja numa cadeia, ou no trânsito, ou a uma rotina que não deseja, como é mais comum hoje em dia?

A pergunta me pegou de surpresa, um dia antes estava refletindo sobre o extenuante trabalho de escritório e o quanto estar preso aquela rotina, aumentava minha distância daqueles familiares que se tornavam estranhos em velório.

-Nunca estive preso, por quê? Você já?

-Sim, fui preso acusado de ter matado minha irmã, mas no fim fui inocentado. Acho que foram 3 anos na cadeia. Mas posso dizer meu amigo, quando se está preso você e o tempo travam uma cruel batalha, você busca mata-lo e ele a você, perdi as contas de quantas pessoas vi enlouquecerem por isso. No fim, entendi que o tempo é uma construção humana totalmente relativa, uma ilusão criada para satisfazer o nosso anseio de que tudo tem um começo, meio e fim. Então eu não tenho certeza, porque não me interessa quantos anos eu tenho, quantos você me dá?

-Sinceramente? Mais de 30.

Meu sarcasmo aparentemente divertiu meu colega.

-Talvez eu tenha, já vivi segundos que pareciam anos e anos que pareciam dias... Não importa. Você não me veio ouvir discursar a teoria da relatividade. O que o traz aqui?

-Bem, eu fiquei curioso, por que regava o vaso de terra vazia e não o belo vaso de rosas? Mas pelo que vejo, você não pode ver a beleza das rosas e isso explica seu desinteresse por elas.

-Não querido Mike, não. Pelo contrario, acho que vejo mais da beleza dessas rosas que você, sem ofensas.

-Como isso é possível? Você é cego.

-Você acredita em Deus? Acha o belo?

-Sim, mas o que isso...

-Importa Mike, porque você não o vê com os olhos  físicos. Mas você o sente. O fato de você não ver algo, não te torna cego, o fato de você não sentir, isso lhe torna cego.  Você diz que essas rosas são belas, e realmente são. Mas o que elas representam? Vou dar uma dica: minha mãe que as trouxe.
Toda aquela retórica de livro de autoajuda, me deixavam atordoado, mas não o deixei sem resposta.

-Mostram o amor de uma mãe. O amor mais puro e belo que existe e se pensar o contrário, és tão cego de sentimento, quanto de visão.

Novamente minha agressividade divertiu Apolo, que pouco parecia ofendido.

-Não amigo, apesar do amor de mãe ser o mais belo, não é isso que essas rosas representam. Elas representam a mais pura e simples dor.

Um sorriso gélido como o começo daquela dia percorreram os lábios de Apolo, que parecia chorar tão calado quanto eu. E assim continuou:

-A dor de uma mãe, que perdeu a filha que amou e ao mesmo tempo perdeu o filho que sempre desejou amar, mas nunca pode pela sua deficiência. Em todo caso, não é por isso que não alimento as rosas.

-E por que é então?

-Esse vaso que você diz não haver nada, tem dentro dele uma semente que está a germinar, enquanto as rosas já estão aqui germinadas, destinadas a morte. A vida e as relações delas estão representadas nesses vasos. O que você prefere: Manter vivo o belo que logo acabará ou buscar criar raízes profundas de uma Árvore que por mais demorada que seja seu crescimento, ele estará ali sempre a se fortalecer?

-Eu não sei.

-Descubra meu amigo, pois ao falar comigo, uma planta você recebeu. A planta que simboliza o nosso relacionamento. Cabe a você escolher o que ela será? Uma grama que você passará por cima e nem se lembrará? Uma rosa que apresenta uma beleza momentânea?  Ou uma árvore de raízes profundas e de copa frondosa?

Aquelas palavras me atingiram com força, parei para refletir quais relações eu estava cultivando, será que valeriam a pena? Dessa vez meu choro não foi velado, diante daquele cenário de frio e morte, um raio de sol desceu a me aquecer e iluminar as lágrimas que lentamente caiam sobre meu rosto. Despedi do meu novo amigo, com o qual cultivei uma frondosa árvore.

Ele me explicou mais tarde, o que sucederá no dia em que sua irmã morreu. Ele estava brincando com a arma de caça do pai e ao atirar sua irmã estava na direção da arma. O tiro foi fatal. Sua mãe nunca lhe perdoou. Apesar de ter esperado julgamento na cadeia, foi absolvido, não havia como culpar um cego por matar a própria irmã. Um dia num de nossos almoços tive a audácia de perguntar-lhe se ele teria  tido a intenção de mata-la. E ele respondeu:

-Se eu ouvi seu lento caminhar no dia em que nos conhecemos, acha que não seria capaz de ouvir uma menina escandalosa correr?

Ele sorriu. E pela primeira vez desde o dia que o conheci  vi seus olhos brilharem. Uma chama fria do meu filósofo amigo assassino. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Brasil que vendemos

Em discussões políticas, morais ou éticas é comum fazermos a seguinte pergunta: Qual o País, Estado, Governo, população que queremos? Ou seja, qual será o modelo a ser seguido para chegarmos a um ideal. Entretanto os brasileiros há tempos não podem fazer esta pergunta, devido a influência externa, em especial
pelos grandes eventos que ocorrerão em nosso país, a pergunta que feita é: Qual o Brasil que vendemos?

É comum ver na mídia, pró-Copa e pró-Olimpíadas, o seguinte argumento: A Copa do Mundo e a Olimpíada são meios do Brasil apresentar-se para o mundo, e mostrar a sua capacidade de gerir grandes eventos. Porém com a proximidade da Copa do Mundo fica cada vez mais evidente que o Brasil ainda carece de uma capacidade de organização e mais os governos demonstram uma total incompetência para cumprir acordos básicos, de infraestrutura, hospedagem, segurança entre outros fatores. Como se pode evidenciar no caso da seleção Alemã, que resolveu construir o próprio Centro de Treinamento.

Outra questão que vem sido debatida constantemente na mídia internacional é a questão da segurança, que é um grave problema nacional. O Governo responde a esses receios, com promessas de uso das forças armadas e de toda a força policial necessária. Contudo essas mostram-se medidas “para inglês ver”, pois estarão localizadas próximos dos estádios e de hotéis de luxo, criando uma atmosfera de segurança só para uma parcela privilegiada.

O Brasil sempre foi taxado como “o país do carnaval”, o que denota festa, samba, felicidade e também belas mulheres, ou seja, um grande apelo sexual. Como foi atestado, com o lançamento de roupas da marca adidas, que possuíam uma conotação altamente voltada para o sexo, a Embratur e a Presidente Dilma criticaram veementemente as roupas, que fizeram a marca retira-las do mercado. O que reforça a pergunta qual a nossa imagem perante a comunidade internacional?

O Brasil que queremos parece distante, falta de hospitais, transporte público precário, violência compulsiva, repressão policial absurda, corrupção, altos gastos públicos com supérfluos, nada disso faz parte de um país ideal. Mas o Brasil que vendemos não é tão difícil de se ver, nossa imagem é cada vez mais de um país desorganizado, com uma infraestrutura precária, onde grandes atrasos fazem parte do cronograma e medidas emergenciais são melhores que medidas preventivas.  Talvez recebamos no final de julho os parabéns, pela maior Copa de todos os tempos, mas podemos nos dar os pêsames se não resolvermos mudar, de um país que se vende para um país que se faz.

                                                                                                                                                João V.

25/02/14

terça-feira, 2 de julho de 2013

A Joia e o Filósofo



Era o ano de 1889, a Revolução Francesa comemorava seus 100 anos, a Inglaterra mantinha-se como Potência Industrial e Militar, países de menor expressão comemoravam a República. E na Holanda um Filósofo de livre pensamento pensava. Pensava sobre tudo e sobre nada, pensava sobre a Morte e sobre a Vida, buscava explicações  à efemeridade da felicidade, queria entender o porquê de tantas mortes e de tanto ódio, queria entender o mundo, mas a si mesmo não entendia.

 Sobre o Amor dizia: “Não amo, o amor está banalizado. Tornou-se uma pratica meramente política-financeira, o Amor está morto ,assim como para Nietzsche Deus está, o que sobrou foi apenas a conformidade”.  Sobre o Capital era ainda mais critico: “Uma Sociedade em que uma nota de papel tem mais valor que a carne e o osso de um Homem, não pode existir, não deve existir. Estamos condenados a auto aniquilação, deturpamos tudo que nos é dito, a Igualdade é determinada pela condição financeira do ser. Fraternidade? Faz-me rir  só se a prática de matar irmãos for comum. Liberdade, só a econômica já que vivemos presos a necessidade de ter para ser, não somos seres livres para ir e vir, somos diariamente castrados pela nação que se conclama nossa Mãe, e pelos cidadãos dela que se conclamam nossos irmãos”.
Seus amigos eram só criticas, diziam que ele morreria no frio, sozinho e amargo, reclamando da vida que poderia ter tido. Ele ria e pouco se importava. Melhor morrer sabendo que está sozinho, do que viver na ilusão da companhia pensava. O povo da cidade criava todos os tipos de boatos sobre ele, se tudo que diziam fosse verdade seria ele psicopata, lobisomem, gay, louco ou simplesmente um sem coração. E ele ria mais pensando, não sou nada disso sou apenas um Filósofo.

Sua casa tinha uma arquitetura clássica, o único capricho que sua herança lhe permitiu. Dentro era simples, 2 andares, uma sala espaçosa para receber os amigos, uma cozinha para fazer comida quando se lembrasse que comer era necessário, um escritório com vista para os campos de flores, nele haviam quantidades exorbitantes de livros, uma escrivaninha e uma maquina de datilografia para escrever seus pensamentos. Seu quarto era ocupado por uma cama, um armário para roupas e por uma cabeceira. Seus amigos ficavam horrorizados, como o homem mais rico da cidade vivia com tão pouco, e ele apenas lhes dizia: “viva apenas com um necessário”.

Mas um dia todas as convicções do Filósofo foram postas a prova, andando pela cidade, ele a viu, apaixonou-se a primeira vista, pensou ele: “como pode haver no mundo algo tão belo e não pertencer a mim?”. Não era uma mulher se é isso que pensaste, nem mesmo um homem, era uma Joia, uma pequena e simples Joia. Um cordão prata com um pingente verde, esse pequeno item foi capaz de balançar a vida do Filósofo. Como somos pequenos pensaria ele, mas não podia pensar, pois necessitava da compra. Adentrou a loja, anunciando que iria comprar o item, independente de preços. E ouviu como resposta:  “Aquele colar tem valor sentimental senhor, não posso vende-lo. Mas como ele serve de demonstração temos outros parecidos. “. Há quem diga que o grito de não bradado pelo Filósofo acordou todos que ainda dormiam, ele repetia que era aquele colar o qual ele necessitava e que não importaria de pagar o preço que fosse. Entretanto a vendedora foi irredutível. E ele teve que sair da loja sem colar e sem moral.

Naquela noite sonhou, que via um Ser na completa escuridão. Pensava ele: “Como é pequeno, morre de medo e nem sabe do que, não consegue viver a vida, apenas existe. Ó Criatura Miserável, cheia de quereres, vive o prazer efêmero e por isso sofre.”.  Todavia, filósofo que era quis analisar o Ser mais de perto, estava  completamente nu, era sujo e pequeno. Forte foi o choque do Filósofo quando reconheceu o Ser. Aquela criatura miserável era ele próprio, a escuridão não era desconhecida, pois estava na sua própria casa. O que lhe faltava então? O que tornava sua vida tão miserável? A maldita Joia.

Passaram se semanas, e todo dia o Filósofo ia a loja tentar compra-la. E toda vez tinha a mesma resposta.  Se ele era estranho para a população tornou-se insano, um verdadeiro louco diziam, se era excêntrico para seus amigos tornou-se um estranho, mas pouco lhe importava os achismos dos outros, o que o corroía na verdade é que ele mesmo não sabia o que tinha se tornado, logo ele O Filósofo.

Sem saber o que fazer e cansado de sonhar com sua pequenez, resolveu O Filósofo consultar seus amigos, sua raiva só aumentou falavam apenas o óbvio. É incrível o poder de corrupção mental do dinheiro, dizia. Vivem tanto no mundo das ilusões românticas que não sabem mais como dar vida as boas ideias. E nesse seu estalo de simpatia, surgiu-lhe uma ideia.

No dia seguinte, voltou à loja. A vendedora cansada dele, nem permitiu que ele começasse e disse que não venderia por preço nenhum. Em resposta falou o Filósofo: “Não ofereço a ti dinheiro, pois dinheiro nenhum compra um verdadeiro sentimento. Trago-te uma ideia.”. Assim o Filósofo deixou um pedaço de papel e se foi. Quando tinha começado a adormecer  batem na porta. Era a vendedora, que trazia a Joia, disse que havia ficado emocionada com o texto e que não gostaria de sentir-se culpada e, portanto estaria dando a Joia para ele.

A Joia tornou-se para aquele Homem um amuleto, não de sorte, ele era filósofo e sorte não existe. Mas um amuleto que o lembrava de quão humano era. A Joia representava todas as criticas que ele havia feito para a humanidade, para a cidade, para seus amigos sem perceber que criticava sempre a si mesmo. No fim casou-se com a Vendedora, acomodou-se na vida de casado, além do mais era “carnuda” o suficiente para satisfazer seus desejos, teve uma filha a quem deu o nome da pedra. 

O texto que comprou a Joia tornou-se uma tese que o fez famoso. Afirmava que os Humanos são os Seres dos desejos, desejamos até o nosso minuto final, desejamos um suspiro a mais ou até mesmo a paz eterna. Mas sempre desejamos, sem o desejo nada somos.  No texto terminava dizendo: “Desejo esta Joia, assim como um doente o destino, os amantes seus corpos, o faminto a comida, ou o caminhante do deserto a gota d’água. Desejo essa Joia, mas não pela sua beleza ou pelo seu preço, a desejo pelo seu significado, ela significa minha humanidade. E Eu desejo Ser Humano”.


Dito isto, a pergunta continua são os Filósofos todos humanos? Ou todos os Humanos são filósofos.

João V.                                                                                                                               02/07/2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestações



A principio devo dizer que participar dessas manifestações é algo único e inexplicável, mesmo com todos as arestas que existem no movimento.  Aos críticos, venham para rua conhecer o movimento ou pelo menos entre nos grupos, criticas são bem vindas mas desde que tenham conceitos sólidos.
Dito isso é preciso afirmar que essas manifestações, que começaram a 3 semanas e tomaram um volume exorbitante nas ultimas duas semanas, fazem-me refletir sobre dois termos muito importantes e que temos ouvido constantemente que são: República e Democracia. Não é possível entender as minhas ideias sobre o Movimento sem saber quais são as minhas concepções para os termos. Sendo assim, Democracia é para mim: fazer-se a vontade do povo. Caso essa não seja unanime, devemos por meio do diálogo (Falar e Ouvir), buscar o melhor para ambas as partes e jamais deve ser desrespeitada a vontade da minoria. E o termo República é tornar o bem público (de todos) mais importante do que o bem privado(de alguns), é defender a vontade da Pátria.   
Partindo desse pressuposto, as Manifestações em seu caráter pacífico e ideológico é a maior representação de Democracia que poderíamos ter em nosso país, maior que qualquer conjunto de números digitados numa urna.  A População na rua é um grito de desespero que busca um dialogo, o qual não vem acontecendo nos últimos tempos. O povo quer dialogar com seus representantes, quer mostrar o que deseja e o que é realmente importante para ele.  Portanto concluo que essas Manifestações é o Povo dizendo: Cansei de só ouvir e aceitar chegou a hora de eu falar e falar sem intermediários.
Em contrapartida, enquanto a Democracia cresce, a República sofre com os atos isolados de Depredação, saques entre outros. Atos como esse dão brechas para mídia e críticos do movimento  posicionarem contra e com toda razão. E no outro lado da moeda, vemos alguns grupos do controle estatal cometerem atos totalmente condenáveis de agressões e prisões arbitrárias.
O Governo aparentemente quer iniciar um Dialogo para com seus Patrões (povo), mas é chegada a hora do povo também conversar entre si, pois muitas vezes a unidade do movimento está sendo perdida. Começamos os protestos com gritos de Mobilidade Urbana, hoje depois da vitória de uma batalha, mudaram-se os gritos e o pior não sabemos para o que gritar. Deve se manter focado na questão primeira do Movimento e a partir disso buscarmos novos pontos de confronto.
Quando não há unidade de pensamento, abrem-se brechas para confrontos internos que fazem ruir o movimento. Por exemplo, a questão dos partidarismos. O Movimento ser Apartidário não quer dizer que são proibidos camisas de partidos, mas sim que nenhum partido é líder do movimento. Isso ficaria fácil de perceber se só tivéssemos a questão do Passe Livre, que não é uma questão partidária, mas sim de bem coletivo (Sendo Direita ou Esquerda se você anda de ônibus é preciso maior qualidade na sua locomoção). Por outro lado se queremos discutir assuntos como, melhorias na saúde a questão partidária torna-se importante, devem-se privatizar os hospitais, trazer médicos de fora etc.
É preciso lembrar também que vivemos uma Democracia Representativa, sendo assim impossível pensar em exclusão total de partidos. Protestar sem ter alguém que realmente de represente nos “Palácios” é dar brecha para oportunistas eleitorais fazerem sua cabeça.
Não sou daqueles que pensa que o Gigante Acordou, ou que vivemos uma Primavera. Creio que estamos sonhando e sonhar é importante, pois toda grande mudança começa no plano das ideias, é preciso coloca-las em prática e parar de ser Maquiavélico, achar que os fins justificam os meios, os fins acontecem por consequência do meio, lutemos com Democracia e consciência, Nós sairemos mais fortes, caso contrário sairemos mais fracos do que nunca.  Essas semanas têm sido um Raio de Sol numa Primavera chuvosa que temos passado desde o fim da Ditadura.

                                                                                                                                                              João V.

                                                                         22/06/2013 00:24

sábado, 15 de junho de 2013

Uma das milhares de coisas que eu não entendo quando leio sobre política:



Partindo de uma análise histórica, o Brasil sempre foi um país do Bi-Partidarismo, primeiramente composto por Conservadores e Liberais na época do Império, tivemos também o antagonismo entre MDB e ARENA na época da Ditadura Militar e hoje parece-me que também temos um Bi-Partidarismo de PT e PSDB.

Claro que isso não é verdade já que a geração que antecedeu a minha conquistou um dos maiores valores da Democracia o Multi-Partidarismo, mas acontece que temos constantemente jogado fora esse direito, pois resumimos nossas opções entre PT e PSDB.

Digo isso pois em analise dos últimos acontecimentos envolvendo a política nacional psdbistas e petistas vêm trocando farpas constantes. Por exemplo, nos atos contra os aumentos de passagens no Brasil, no Estado de São Paulo em especial, muitos manifestantes foram classificados como "petistas revoltosos" que querem desestabilizar o Governo do Geraldo Alkimin. E agora no movimento de Vaias a nossa Ilustre Presidenta Dilma  foram constantes as frases: "não gosta da Dilma, vai lá e volta no Aécio" entre outras.

Colocado isso, o que eu não entendo é, e o PSOL, e o PV, e o PPS, e o PP e os outros 24 partidos que temos no nosso país, se eles não têm expressão para serem comparados aos outros dois por que existem? Para ganharem tempo no programa político que serão vendidos em troca de uma comissão no Senado?

Criticamos diariamente o Sistema Político Nacional, falamos de corrupção, de vagarosidade no nosso sistema, como coisas que parecem imutáveis. Mas como querer que Práticas Políticas mudem se não alteramos nossos conceitos Políticos? Deixamo-nos ludibriar pelo gritos de dois cachorros grandes e falamos "hurras" ou "vaiamos" sem buscar outras opiniões ou sem parar para raciocinar sobre seus dizeres.

Assim do que vale viver numa Democracia Representativa se não somos representados.. ou talvez sejamos. Talvez o cenário político atual nada mais seja do que a representação da nossa aceitação e total descaso para a política que nos cerca.

Obs: Não cito o PMDB por não saber nada sobre sua posição política já que eles fazem os dois lados tão bem.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vamos internacionalizar o mundo?

Li este texto em meu facebook achei que veria compartilha-lo com todos. Querem internacionalizar a Amazonia, fiquem a vontade desde que aceitem internacionalizar o mundo.


SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS


Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr..Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jair Bolsonaro - Politica, Preconceito e Palhaçada

Olá, 


Muito tempo se passou desde meu ultimo post, peço desculpas a vocês tenho estado muito atarefado. Mas teve um assunto nesta semana que passou que mesmo que eu tivesse milhões de coisa para fazer eu deixaria tudo de lado para escrever este post, pois sendo influente ou não eu sei que muitas pessoas leem meu blog e gostaria que elas pensassem sobre este assunto, que engloba outros assuntos mais abrangentes. O assunto como diz o titulo é o grande (idiota) deputado FEDERAL (PP- Rio de Janeiro) e participante da comissão de DIREITOS HUMANOS Jair Messias Bolsonaro.

Vamos começar com o problema, Jair Bolsonaro foi entrevistado pelo programa da Rede Bandeirantes, CQC, segue a entrevista a baixo:

Vendo as Respostas do Excelentíssimo Deputado percebe-se que ele tem certo preconceito, a NEGROS, HOMOSEXUAIS, REVOLUCIONARIOS e MULHERES. Ou seja, o cara é contra o mundo, porque o país dele é chefiado por uma mulher e a atual potencia mundial por um negro, ou seja, enquanto o mundo luta pelo fim do preconceito o cara me luta pela concretização dele.

Então comecemos pelas ironias de Bolsonaro. Ele foi eleito no Rio de Janeiro pelo partido PROGRESSISTA (no dicionário: pessoa que quer o progresso. Ant: Conservador), mas Jair Bolsonaro é tido como o político mais conservador brasileiro. Segunda ironia o nome dele é Jair MESSIAS Bolsonaro, os messias vieram pregar a paz como Jesus, mas este messias veio pregar o repugno a todos que são diferentes e como o ser humano é idiota quando ele não entende mata muitos viram as declarações de Bolsonaro como a carta branca para a agressão das raças diferentes das deles. E por ultimo o fato de um Ser Humano que como este senhor, racista, homofobico e defensor da ditadura onde muitas pessoas foram mortas por querer se expressar estar nos representando na Comissão de Direitos HUMANOS do país. Valeu Brasil por deixar este Ser cuidar de nossos direitos, e na boa antes de querer aparecer pro mundo Brasil, arruma a casa porque do jeito que está não da para ficar.

Agora começaremos a falar das atitudes de Bolsonaro, que se fossem atitudes isoladas ou de alguem com menos expressão na mídia estaria melhor. Mas não essas atitudes são praticadas por diversas pessoas preconceituosas e o pior é que a pessoa que aumentou tamanha discussão é um Deputado Federal uma pessoa que nos representa (ou deveria pelo menos).

Comecemos pelo fato deste senhor apoiar a ditadura militar, alegando que era a época do respeito, da segurança, da família, da ordem publica. Está época onde ele diz ter tudo isso foi à época onde respeito não existia havia medo, o que foi o grande legado da Ditadura Militar até hoje respeito e medo se misturam e não conseguem ser separados. Segurança do que? De um mundo mais justo, da liberdade de expressão, da mídia. Família... Quantas famílias foram destruídas pela Ditadura Militar, sejam porque membros desta foram exilados, ou assassinados, até hoje milhares de famílias vivem atrás de entes queridos. Ordem publica se houvesse ordem publica os fatos anteriores não seriam mencionados. Na verdade deve ser por isso que o Bolsonaro odeia tanto o Lula e a Dilma, pois ambos lutaram contra a Ditadura.

O homossexualismo é um assunto em pauta no mundo inteiro. Pelo fato de homossexuais quererem os mesmo direitos de união que um heterossexual. Ai vem Jair Bolsonaro e me diz que o filho dele jamais será gay, pois ele é um pai presente e o filho foi muito bem educado. A legal então quer dizer que o homossexualismo virou caso de educação agora, virou caso de presença paterna. Não Homossexualismo é OPÇÃO sexual (Ou seja, se escolhe) e depois ele me diz que acredita em Deus e por isso é contra o homossexualismo. Primeiro pro cara que defende todos são iguais perante a lei me da licença e não haja com preconceito, e outra Jesus pregou o amor universal e claramente Bolsonaro não ama os gays. E outra que Deus é esse que ama por opção sexual, eu não sou Ateu sou apenas Ateu em relação a esse Estereótipo de Deus proposto por certas religiões que demonstram um Deus vingativo e grande praticante da segregação.

E o ultimo e não menos importante tipo de preconceito racial. Aquele que brancos se acham melhores que os negros e alguns negros se sujeitam a isso. O Bolsonaro se refere primeiramente ao sistema de cotas e que nunca seria operado ou viajaria em um avião pilotado por um Cotista. O sistema de cotas é perfeito não é digamos que ele aumenta um pouco o preconceito ou a acomodação dos envolvidos, mas alguém ai tem uma ideia melhor? Se tiver tenta achar uma maneira dela ser colocada em pratica. E depois na pergunta da cantora e apresentadora Preta Gil. Ela perguntou obre o filho dele namorar uma negra e ele me responde: “ô Preta [Gil], eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu." Que? Então namorar negra/negro é sinônimo de promiscuidade? Agora quem a pessoa namora ou deixa de namorar é questão de educação? E outra ser criado por uma das pessoas mais influentes culturalmente do Brasil é lamentável? É incrível como o preconceito nos torna desumanos, nos tira o poder do raciocínio nos torna cego as imbecilidades que são citadas. E para piorar a pessoas que pensam se um Deputado disse isso porque eu não posso dizer ou agredir um negro um homossexual?

É senhor Jair Bolsonaro para um integrante da comissão de Direitos Humanos do país, você não sabe muitas coisas sobre eles pelo jeito.  Sinceramente da vergonha de viver em um lugar que se orgulha de ser aberto a todas as raças, religiões, opções sexuais ser representado por este senhor a qual vos falei, detalhe devido ao poder politico dele ele dificilmente será preso. Como viver em um país onde o empregado(Politico) paga de Patrão? Brasil+Política+Preconceito= Palhaçada fiquem com a musica Brasil com P que representara o que eu quis dizer.

Hoje no dia 7 de Abril, aconteceu uma Chacina em uma escola no Rio de Janeiro. Um ex-aluno assassinou 11 crianças, s/ um motivo concreto e usando o nome de Deus. Vamos refletir um pouco sobre nossos atos:
"Eram crianças, cheias de vida, de esperança, de sonhos, de amor... E acabou tudo.. tudo".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pais e filhos

Oi, como vão vocês? Como vai a sua familia?
Estava dando uma lida no meu orkut, e vi uma comunidade que contava uma história. Curioso que sou entrei na comunidade ler toda a história, achei super interessante e gostaria de passa-las a vocês. Leiam a hist´roai que eu volto a seguir.

Um homem chegou em casa tarde do trabalho, cansado e irritado encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta .
- “Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?”
- “O que é?” – respondeu o homem.
- “Pai, quanto você ganha em uma hora?”
- “Isso não é da sua conta. Porque você esta perguntando uma coisa dessas?”, o homem disse agressivo.
- “Eu só quero saber . Por favor me diga, quanto você ganha em uma hora?”
- “Se você quer saber, eu ganho R$ 50 por hora.”
- “Ahh…” o menino respondeu, com sua cabeça para baixo.
- “Pai, pode me emprestar R$ 25,00?”
O pai estava furioso, 
“- Essa é a única razão pela qual você me perguntou isso? Pensa que é assim que você pode conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou algum outro disparate? Vá direto para o seu quarto e vá para a cama. Pense sobre o quanto você está sendo egoísta .Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades.” 
O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta. 
O homem sentou e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do menino. 
Como ele ousa fazer essas perguntas só para ganhar algum dinheiro? 
Após cerca de uma hora, o homem tinha se acalmado e começou a pensar. 
Talvez houvesse algo que ele realmente precisava comprar com esses R$ 25,00 porque ele realmente não pedia dinheiro com muita freqüência. O homem foi para a porta do quarto do menino e abriu a porta. 
-”Você está dormindo, meu filho?”, Ele perguntou. 
- “Não pai, estou acordado”, respondeu o menino. 
- “Eu estive pensando, talvez eu tenha sido muito duro com você a pouco…”, afirmou o homem. “Tive um longo dia e acabei descarregando em você. Aqui estão os R$ 25 que você me pediu.” 
O menino se levantou sorrindo. “Oh, obrigado pai!” gritou. Então, chegando em seu travesseiro ele puxou alguns trocados amassados. 
O homem viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a se enfurecer novamente. 
O menino lentamente contou o seu dinheiro , em seguida olhou para seu pai.
- “Por que você quer mais dinheiro se você já tinha?” – Gruniu o pai. 
- “Porque eu não tinha o suficiente, mas agora eu tenho”, respondeu o menino. 
- “Papai, eu tenho R$50,00 agora. Posso comprar uma hora do seu tempo… Por favor, chegue mais cedo amanhã em casa. Eu gostaria de jantar com você.” 


Curtiram a história?
Espero que sim. A verdade é que está história vem para mostrar que nossa sociedade se tornou tão dependente do dinheiro, que a familia foi parar em um segundo plano. O nosso amor pelo dinheiro cresceu em um nível absurdo. Agora eu vos pergunto: Vale a pena? Será que vale a pena trocar 2 horas com seu filho por apenas 100,00 reais?
Você pode até dizer: "Ahh mas é para o nosso bem, é para nós irmos na praia nas férias." Mas pelo amor de Deus, para de enganar a si próprio, você perguntou ao seu filho ou sua esposa o que ele(a) preferia? Porque eu aposto que para a familia mais vale passar mais tempo com que se ama, do que passar as férias com um estranho. Porque é isso que a ganância está nos tornando, estranhos dentro da nossa própria casa.
Eu posso está enganado, mas algo você pode ter certeza, a empresa te substitui num estalar de dedos, já no coração ou na mente de quem te ama você é insubstituível. 

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã , já dizia Renato Russo, até porque o amanhã pode não acontecer. Aproveite a vida, mas sempre ao lado de quem vive por você.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Era Robótica

Faz um tempo já que não escrevo para o Blog, mas enfim, estava aproveitando as férias. Mas agora voltei para falar sobre um assunto que está na moda: Robôs.

Ao contrário do que você pensa os robôs estão a solta por toda parte e nós não percebemos, até porque muitas fazes nós somos os robôs. Sim, isso mesmo nós somos os Robôs sociais, criados por princípios que perguntamos porque, e apenas ouvimos a porque sempre foi assim. Exemplos festas de 15, casamentos em igreja, batizados, não comer carne de porco.

Sim, desde que nascemos somos influenciados, pela nossa religião, pelo nosso país, pela nossa família, os meios de comunicação etc. Sim aqueles ou aquilo que nós mais deveríamos confiar, nos implantam um chip em nossa cabeça, e nós fazem agir como eles querem, como a sociedade pede, como o sistema obriga. O pior de tudo é que criamos um sistema de destruição aos robôs " fora de série ", entre essas técnicas estão o preconceito, a censura, a exclusão social, as guerras, mentiras etc.

O mais triste é que essa robotização não é tão moderna quanto se pensa. Se voltarmos um pouco lembraremos das ditaduras militares devido ao comunismo que estava se espalhando. Ou mais antigamente  quando a igreja queimava os tidos hereges apenas por pensarem de maneira diferente.

E na atualidade o maior método de desligamento do nosso "chip" é a exclusão social, se você não é do padrão de qualidade, você é excluído, xingado, zuado, e é nesse momento que você tem duas escolhas entrar na depressão e tentar se tornar um novo robô ou nadar contra corrente  buscar fazer a diferença, buscar provar o seu valor como o pessoal da CUFA.

Portanto, vamos nos transformar em robôs fora de série, e transformar nosso mundo em algo descente para se viver porque como ta nós continuaremos presos ao nosso passado e continuaremos a destruir o nosso futuro ou vai dizer que ta bom desse jeito.